Lisbon Lovers

A Paixão por Lisboa é contagiante

Lisbonlovers é uma marca de merchandising que exalta a paixão pela cidade, mas que cresceu para além da simples venda de souvenirs nas suas lojas próprias e se transformou num conceito que quer fazer a ponte entre design e as típicas lembranças da cidade. Esta é, para todos os amantes de Lisboa, uma nova e apaixonante forma de amar a cidade.

 

“Lisbonlovers apareceu como marca de merchandising e agora é muito mais do que isso”, diz João Coelho, um dos fundadores desta empresa que continua a crescer. O objetivo de elevar Lisboa e de mostrar os seus pontos fortes como cidade desenvolveu-se e apresenta-se neste momento como uma vontade de “acrescentar valor à cidade e que a cidade seja um sítio cada vez mais interessante para se visitar”, explica João. É por esta razão que, ao entrar numa das lojas Lisbonlovers, encontramos expostos vários objetos que remetem para os diversos pontos turísticos da cidade, mostrando a sua beleza e história.

 

 

João Coelho e Luís Beato trabalham há vários anos em comunicação, mas apenas há cinco anos fundaram a marca Lisbonlovers. “Sempre tive a ideia de que uma marca de merchandising era importante, mas é daquelas ideias que ficam na cabeça, não avança”, explica Luís. A concretização aconteceu quando um dos seus filhos, André Beato, criou o design da marca e escolheu o nome “Lisbonlovers” para o seu projeto de mestrado em Design e Cultura Visual. Luís e João pegaram no material que resultou desse projeto e deram-lhe continuidade, formando esta empresa que eleva Lisboa.

 

Os dois afirmam que selecionaram apenas alguns produtos para começar a produzir, de modo a que a marca fosse coesa e facilmente reconhecível pelo público. “Uma preocupação que tivemos desde a primeira hora foi aparecer logo com a noção de marca, para não aparecer só com um ou outro produto. Queríamos muito que as pessoas reconhecessem aqui uma identidade e uma coerência”, explica João. Relata também que quando a marca surgiu não possuíam lojas próprias, mas, em nome da qualidade que pretendiam ver associada à marca que criaram, escolheram criteriosamente algumas lojas de souvenirs, já existentes, que consideravam ter maior qualidade para colocar os seus produtos à venda ao público.

 

 
O antes e o agora

Os fundadores desta empresa notam uma clara diferença entre uma altura em que o culto pelos produtos que exaltam o gosto por uma cidade não existia e o momento presente, em que tanto estrangeiros como portugueses, quer oriundos de Lisboa quer de fora da cidade, compram e ostentam orgulhosamente os produtos desta marca em ascensão. “Temos o cuidado de fazer desenhos que não sejam coisas demasiado ligadas só a Lisboa”, diz João. “Queremos estar muito nessa fronteira entre o design e o souvenir. Com isso conseguimos captar portugueses e estrangeiros, e é esse o nosso objetivo”, acrescenta.

 

Embora afirme que têm mais clientes estrangeiros, João revela que depende muito da estação do ano. “No Natal, por exemplo, vendemos muito bem e aí é claramente mais para portugueses. Porque deixou de ser ‘foleiro’ oferecer Lisboa e porque também estamos a trabalhar melhor a cidade nesse sentido. Ou seja, não nos limitamos a fazer produtos que são bons souvenirs, mas estamos também a fazer um esforço para ter produtos que consigam ser transversais a vários públicos, mesmo aqueles que têm a felicidade de viver a cidade todos os dias. E isso consegue-se pela utilidade que terão (já ninguém quer comprar uma “bugiganga” que não serve para nada) e, claro, pelo design atrativo”, explica.

 

O design, feito por João e Luís na sede da Lisbonlovers, que se situa por baixo da loja 28 A, na Praça do Príncipe Real, está constantemente a ser atualizado, criando uma coleção de artigos cada vez maior e mais complexa. “Muitas vezes, também dada a visibilidade da marca, somos contactados não só por designers mas por pessoas que fazem produtos, às vezes manualmente, que querem vender as coisas nas nossas lojas”, conta João. Nestes casos, não acedem diretamente aos pedidos, mas se considerarem que as ideias apresentadas possuem potencial, realizam coproduções, em que alteram em certos aspetos o produto proposto, de forma a representar diretamente a marca Lisbonlovers.

 

 

Um parceiro em constante crescimento

A visibilidade que o conceito tem ganho garante à Lisbonlovers algumas propostas de parcerias, como é o caso da parceria com a Avis, que funciona em dois níveis: a marca cede um veículo, e permite o aluguer de viaturas no site da Lisbonlovers e em todas as suas lojas. Contam ainda com mais parcerias com empresas de serviços: Eco Tuk Tuk tours, Scooter solutions (alugueres de scooters), Passeios de barco, Warm Rentals (alugueres de apartamentos), etc. João e Luís consideram que isto torna as suas lojas numa mais-valia para portugueses e estrangeiros, e que permite aos seus parceiros uma maior visibilidade através da Lisbonlovers, pelo que se torna num mútuo benefício. “No fundo, o que pretendemos é também sermos prestadores de serviços que possam ser mais-valias para quem visita Lisboa, e mais do que parcerias, gostamos acima de tudo de ter boas relações com quem trata bem a cidade, tal como nós nos orgulhamos de fazer”, comenta João, acrescentando que têm ainda protocolos com a Associação de Turismo de Lisboa, a CarrisTur, a Invest Lisboa e a própria Câmara Municipal.

 

Contudo, a expansão não se realiza apenas em Lisboa. A empresa levou o conceito de Lisbonlovers para o nível seguinte ao expandir para outras cidades. “Começamos a pensar que fazia sentido: nós temos o know how a nível criativo, a nível de imagem e da produção”, esclarece João. Lançaram a marca Madeiralovers e Portolovers, com uma loja em cada um destes locais. “Criámos uma linha de produtos que está agora a ser comercializada com um parceiro, e queremos ir para outros sítios”, diz João. “Temos de ter sempre parceiros locais que sintam as coisas de uma forma um bocadinho mais próxima, tal como nós sentimos aqui, e que nos vão dar sempre apoio, e nós a eles”, acrescenta, referindo ainda que cada loja tem um merchandising que represente as especificidades de cada cidade. “Vamos buscar aquelas características que tornam aquele sítio tão especial e dar-lhe aqui um toque de modernidade”, remata.

 

Porém, o centro desta ideia e de todo o projeto desta empresa continua a ser Lisboa, a cidade apaixonante que fez nascer este conceito. João considera que “Lisboa, sobretudo para que não conhece, é sempre uma surpresa enorme”. E explica porquê: “as pessoas vêm com muito poucas expetativas, porque nunca ouviram falar de Lisboa, e quando chegam cá ficam maravilhadas, e ficam de facto apaixonadas! Se calhar o conceito está a ter tanto sucesso por isso: basta uma visita a Lisboa para as pessoas se transformarem em Lisbonlovers!”, afirma com visível felicidade.

 

O futuro do projeto

Enquanto no início do projeto eram os fundadores da empresa que controlavam todo o conteúdo do seu website e escreviam os artigos sobre espaços para visitar, comer e dormir, desde 2015 que existem “lisbonlovers” exteriores à empresa que começaram a criar conteúdos de forma regular. “São pessoas selecionadas por nós, que acreditamos poderem trazer visões variadas e sempre refrescantes da nossa Lisboa. Queremos ter visões tão variadas quanto possível, por isso temos dentistas, designers e guias turísticos, só para nomear alguns, a escrever para o website”, esclarece João.

 

Para além do website, a empresa tem contas no Instagram, que já atingiu os 38,5 mil seguidores, e no Facebook, este último com 100 mil fãs. “As pessoas gostam mesmo de Lisboa, e sempre que pomos fotografias giras da cidade as pessoas reagem muito e de forma muito positiva!”, enfatiza João.

 

Quanto ao futuro, refere que “os planos passam por continuar a aumentar a oferta, não só em número de artigos, mas também lançando novos desenhos. A inspiração está por todo o lado e Lisboa será sempre um ótimo tema para trabalharmos. Depois, queremos também aumentar o número de pontos de venda. Queremos que a marca seja cada vez mais acessível a quem nos visita, mas também a quem a vive 365 dias por ano, como nós. Este ano, 366. Temos um dia extra para aproveitar Lisboa!”, remata, entusiasmado.